terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Notícias da China

      Embarquei oito e meia da noite no aeroporto internacional de Guarulhos. Foi uma longa viagem até meu destino final: Pequim. Nem consegui dormir direito no avião de tão empolgado que estava. Quando cheguei no aeroporto de Pequim, fui o banheiro e me deparei com a famosa “privada chinesa”, aquelas que ficam no chão. Achei o máximo, mas foi apenas o começo da melhor experiência que tive na minha vida. Fiquei 6 semanas em Pequim trabalhando em uma escola com crianças autistas. A acomodação foi oferecida pela escola. A melhor parte não foi o fato de que eu não precisei pagar pela estadia, mas sim pelo fato de que eu tive a oportunidade de vivenciar como um habitante local vive.
       Na escola trabalhavam 12 professores e três Trainees, uma da Nova Zelandia, um da India e eu. O contato de todo dia com os professores e com os pais das crianças foi essencial para eu poder conhecer a cultura chinesa de perto. Como a escola e o alojamento ficavam na periferia de Pequim, os costumes da população local estavam quase sem nenhuma influencia ocidental. Era a cultura chinesa intacta! =]
       Aos finais de semana todos os Trainees de Pequim se encontravam para ir a algum bar ou balada. Era sempre uns 10 Trainees de dez diferente países. Íamos sempre a um bar e depois para alguma balada. Ao contrario do que todos pensam o povo chinês é muito hospitaleiro. Eles simplesmente amam estrangeiros. Todo lugar que eu ia sempre acabava conhecendo algum chinês que chegava para conversar pelo simples fato de que eu era estrangeiro. Aconteceu varias vezes de eu ser parado na rua por um chinês para conversar, perguntavam da onde era, o que fazia e tal... Quando falávamos do Brasil a primeira coisa que diziam era “futebol”! Haha
       Enfim, durante os meus 45 dias na China, não houve um único dia que não vivenciei algo novo. Quando cheguei no Brasil todo me perguntaram se eu gostei e se voltaria. Bom, gostar acho que é até pouco, foi a melhor coisa que fiz na vida. E se voltaria, com certeza. Já faz parte dos meus planos!

Balada chinesa =]

Cidade Proibida

Shanghai

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uganda - Experiência Elaine Martins para Hope Child Care Program

Experiência Elaine Martins para Hope Child Care Program como Community Developer, de maio a novembro de 2009.

Ter investido seis meses da minha vida em Uganda foi uma experiência incrível. Foi uma enorme imersão cultural, profissional e pessoal que contribuiu grandemente para meu desenvolvimento.

Primeiramente, quero inseri-lo no meu contexto pré-viagem: recém-formada, trabalhando numa empresa multinacional e com uma vida bastante estável, um sonho para muitos jovens de nosso país. Ainda assim, eu sentia que não estava completa: precisava de algo que me proporcionasse uma experiência que eu não conseguiria viver aqui. Algo intensivo, não ensinado nas escolas e que pudesse aprimorar minhas competências, comportamentos e valores.

Em meio a uma série de possibilidades e empresas de renome, sob convites pessoais de outras multinacionais para intercâmbio em Dubai, por exemplo, decidi me render à simplicidade de uma Vila, localizada a cerca de cinco horas da capital do pequeno país Uganda.

Localizado ao leste da África, Uganda é um país relativamente seguro, com um povo caloroso, simples e economicamente pobre. O choque cultural, de fato, acontece: alimentação, falta de eletricidade (aproximadamente 70% do país não tem energia elétrica), falta de saneamento básico, seca entre outros são apenas alguns exemplos. Vivendo em uma Vila, o choque é ainda maior: bombear água do poço diariamente, tomar banho de caneca e balde, lavar as próprias roupas na mão, não ter geladeira, cozinhar a carvão, dividir um "táxi" com mais 10 pessoas... E por ai vai. Pode parecer muito louco, mas em poucas semanas tornei-me parte daquele povo.

Independentemente da falta de recursos, ter trabalhado para o desenvolvimento de uma vila morando dentro de uma escola na companhia de 300 crianças, em sua maioria órfãs vítimas da AIDS, não poderia ser mais gratificante. Você vai para ensinar, e volta com uma carga de aprendizado muito maior.

No final, ainda pude passear pela África selvagem, conhecendo parques nacionais, praias e até o deserto do Saara! E, é claro, fazer muitos amigos pelo caminho.

Como uma AIESECER, eu pessoalmente recomendo o intercâmbio cultural como parte de seu desenvolvimento. Planeje-se bem e invista nesta prática!

Conheça meu BLOG que contém algumas histórias desta viagem: http://acaminhodasafricas.blogspot.com/.

Abraços,

Elaine Martins

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CHI CHI CHI LE LE LE, VIVA CHILE!! ( Danilo Tavares)

Olá pessoal, Tudo bom?
Espero minha experiência no Chile sirva para inspirar aqueles que buscam fazer um intercâmbio.
Tomei a decisão de fazer um intercâmbio durante o último semestre da minha graduação e tinha como objetivo embarcar numa viagem de no mínimo um ano para conhecer profundamente qualquer país desconhecido.
Depois de alguns meses e algumas tentativas consegui um MATCH com a empresa AREVA(ALSTOM) em Santiago no Chile. A oportunidade foi muito interessante, pois a empresa estava abrindo uma posição nova na empresa e gostaria de contratar um brasileiro. O gerente de RH da empresa era membro da AIESEC o que facilitou muito a minha integração tanto na empresa quanto fora dela.
O trabalho na empresa foi extremamente puxado, porém com a ajuda dos companheiros de trabalho tudo foi superado.
A minha vida fora da empresa foi muito bacana, pois convivi com outros 4 AIESECers: 1 chileno, 1 mexicana, 1 uruguaia e 1 suiça. Todos estavam fazendo intercâmbio profissional em outras empresas o que foi legal, pois sempre compartilhávamos nossas experiências.    
A cidade de Santiago é muito bem planejada e possui um transporte público de primeiro mundo. Para se ter uma idéia o metro de Santiago tem uma extensão de 84 km para 7 milhões de habitantes da região metropolitana, já em São Paulo o metro tem uma extensão de 69 km para atender 19 milhões.
O parque da cidade, o Cerro San Cristóbal, é um lugar onde os chilenos vão realizar atividades físicas e entrar em contato com a natureza. O parque possui um jardim japonês, piscinas a 880 metros de altitude e muito verde. Subindo no Cerro percebe-se como a cidade é pequena, pois podemos ver ela por completo.
Os chilenos no geral são muito amigáveis e simpáticos principalmente quando um brasileiro pede ajuda, já com os argentinos a história é outra hehehehe.
Durante os fins de semana e feriados, sempre buscava viajar para conhecer outras cidades. Ao final do meu intercâmbio pude conhecer boa parte do país e recomendo os seguintes destinos: San Pedro de Atacama, Punta Arenas, La Serena, Valle del Elqui, Isla Damas, Viña del Mar e Maintencillo.  
Justamente num fim de semana, tomando café da manhã, vi na televisão que um terremoto de 8,8 na escala Richter havia atingido o centro-sul do Chile. Como estava no extremo norte do país, no deserto do Atacama, nada aconteceu comigo. Felizmente todos os meus conhecidos estavam bem e minha casa estava inteirinha com exceção de uma rachadura na parede.
 Como o aeroporto estava completamente destruído tive que prolongar mais cinco dias em San Pedro do Atacama até conseguir voltar a Santiago.
Ao chegar a Santiago, tive a oportunidade de sentir algumas réplicas do terremoto. O terremoto gera uma sensação de medo e adrenalina ao mesmo tempo (pelo menos para mim). Fiquei feliz de ter vivenciado um fenômeno de explosão da natureza e de não ter sofrido nenhum arranhão.
Passado o terremoto fiquei mais alguns meses no Chile até meu intercâmbio chegar ao fim. Ao final do intercâmbio percebi que eu havia amadurecido muito pessoalmente e profissionalmente. A experiência ter encarado o intercâmbio no Chile pelo período de um ano me deu a oportunidade de conviver e de conhecer pessoas que jamais esquecerei. Sou imensamente grato a equipe da AIESEC-FGV por todo auxílio prestado durante meu intercâmbio. Já estou pensando em realizar o meu segundo intercâmbio num futuro próximo.  
Who is next??



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Índia, um pais fora do mapa - Amanda Meyer da Luz


O que deve falar um pai para o seu filho quando o seu filho apenas lhe informa que vai para a Índia, viver por dois meses e ponto decidido? Foi assim que começou o meu intercambio para  a Índia, na cidade de Jaipur pela AIESEC. Estava decidida a ir e nada iria me fazer mudar de ideia, nem mesmo os meus pais tentando me convencer do contrario e todos os contras. Arrumei minhas malas e parti para Nova Dehli, no dia 4 de julho de 2009, para esse pais tão estranho e diferente, mesmo que tão em voga quanto é estar eser protagonista da novela das 9. Minha primeira surpresa foi não receber a minha mala em Nova Delhi, pois ela foi perdida pela companhia área, sendo que só a recuperei na minha volta à Londres.
No entanto, sem pensar nos pesares, posso confirmar que foi a experiência da minha vida. Conheci as principais cidades desse pais maluco e ainda tive a experiência de participar de um projeto de voluntario pela Aiesec. O projeto consistia em visitar vilas e trabalhadores de minas de sal no interior do estado de Rajastão, um dos mais pobres do pais, junto com uma ONG que cuida dos “direitos” desses trabalhadores. O nosso trabalho e missão era chamar a atenção dos meios de comunicação da cidade e também do governo local a essa parte excluída da população que trabalha com salários mais que insuficientes e nas piores condições que se pode imaginar.
Como escutamos de um americano que conhecemos na Índia: Mas vale apena tanto esforço para mudar tão pouco em um mundo tão grande? Sim. Vale muito a pena. Saber que pelo menos você pode ter impactado a vida de uma Indiana de 12 anos e fazer com que ela pelo menos tente mudar a situação em que ela vive hoje já é mais do que gratificante. Repito que esta foi a experiência da minha vida e já tenho muito vontade de voltar. Tenho amizades que duram até hoje! Hoje em dia estou morando na Cidade do México, também pela AIESEC, e já encontrei dois amigos que também presenciaram essa aventura maravilhosa que foi viajar pela Índia. Uma aventura para lá de recomendada.