quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uganda - Experiência Elaine Martins para Hope Child Care Program

Experiência Elaine Martins para Hope Child Care Program como Community Developer, de maio a novembro de 2009.

Ter investido seis meses da minha vida em Uganda foi uma experiência incrível. Foi uma enorme imersão cultural, profissional e pessoal que contribuiu grandemente para meu desenvolvimento.

Primeiramente, quero inseri-lo no meu contexto pré-viagem: recém-formada, trabalhando numa empresa multinacional e com uma vida bastante estável, um sonho para muitos jovens de nosso país. Ainda assim, eu sentia que não estava completa: precisava de algo que me proporcionasse uma experiência que eu não conseguiria viver aqui. Algo intensivo, não ensinado nas escolas e que pudesse aprimorar minhas competências, comportamentos e valores.

Em meio a uma série de possibilidades e empresas de renome, sob convites pessoais de outras multinacionais para intercâmbio em Dubai, por exemplo, decidi me render à simplicidade de uma Vila, localizada a cerca de cinco horas da capital do pequeno país Uganda.

Localizado ao leste da África, Uganda é um país relativamente seguro, com um povo caloroso, simples e economicamente pobre. O choque cultural, de fato, acontece: alimentação, falta de eletricidade (aproximadamente 70% do país não tem energia elétrica), falta de saneamento básico, seca entre outros são apenas alguns exemplos. Vivendo em uma Vila, o choque é ainda maior: bombear água do poço diariamente, tomar banho de caneca e balde, lavar as próprias roupas na mão, não ter geladeira, cozinhar a carvão, dividir um "táxi" com mais 10 pessoas... E por ai vai. Pode parecer muito louco, mas em poucas semanas tornei-me parte daquele povo.

Independentemente da falta de recursos, ter trabalhado para o desenvolvimento de uma vila morando dentro de uma escola na companhia de 300 crianças, em sua maioria órfãs vítimas da AIDS, não poderia ser mais gratificante. Você vai para ensinar, e volta com uma carga de aprendizado muito maior.

No final, ainda pude passear pela África selvagem, conhecendo parques nacionais, praias e até o deserto do Saara! E, é claro, fazer muitos amigos pelo caminho.

Como uma AIESECER, eu pessoalmente recomendo o intercâmbio cultural como parte de seu desenvolvimento. Planeje-se bem e invista nesta prática!

Conheça meu BLOG que contém algumas histórias desta viagem: http://acaminhodasafricas.blogspot.com/.

Abraços,

Elaine Martins

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

CHI CHI CHI LE LE LE, VIVA CHILE!! ( Danilo Tavares)

Olá pessoal, Tudo bom?
Espero minha experiência no Chile sirva para inspirar aqueles que buscam fazer um intercâmbio.
Tomei a decisão de fazer um intercâmbio durante o último semestre da minha graduação e tinha como objetivo embarcar numa viagem de no mínimo um ano para conhecer profundamente qualquer país desconhecido.
Depois de alguns meses e algumas tentativas consegui um MATCH com a empresa AREVA(ALSTOM) em Santiago no Chile. A oportunidade foi muito interessante, pois a empresa estava abrindo uma posição nova na empresa e gostaria de contratar um brasileiro. O gerente de RH da empresa era membro da AIESEC o que facilitou muito a minha integração tanto na empresa quanto fora dela.
O trabalho na empresa foi extremamente puxado, porém com a ajuda dos companheiros de trabalho tudo foi superado.
A minha vida fora da empresa foi muito bacana, pois convivi com outros 4 AIESECers: 1 chileno, 1 mexicana, 1 uruguaia e 1 suiça. Todos estavam fazendo intercâmbio profissional em outras empresas o que foi legal, pois sempre compartilhávamos nossas experiências.    
A cidade de Santiago é muito bem planejada e possui um transporte público de primeiro mundo. Para se ter uma idéia o metro de Santiago tem uma extensão de 84 km para 7 milhões de habitantes da região metropolitana, já em São Paulo o metro tem uma extensão de 69 km para atender 19 milhões.
O parque da cidade, o Cerro San Cristóbal, é um lugar onde os chilenos vão realizar atividades físicas e entrar em contato com a natureza. O parque possui um jardim japonês, piscinas a 880 metros de altitude e muito verde. Subindo no Cerro percebe-se como a cidade é pequena, pois podemos ver ela por completo.
Os chilenos no geral são muito amigáveis e simpáticos principalmente quando um brasileiro pede ajuda, já com os argentinos a história é outra hehehehe.
Durante os fins de semana e feriados, sempre buscava viajar para conhecer outras cidades. Ao final do meu intercâmbio pude conhecer boa parte do país e recomendo os seguintes destinos: San Pedro de Atacama, Punta Arenas, La Serena, Valle del Elqui, Isla Damas, Viña del Mar e Maintencillo.  
Justamente num fim de semana, tomando café da manhã, vi na televisão que um terremoto de 8,8 na escala Richter havia atingido o centro-sul do Chile. Como estava no extremo norte do país, no deserto do Atacama, nada aconteceu comigo. Felizmente todos os meus conhecidos estavam bem e minha casa estava inteirinha com exceção de uma rachadura na parede.
 Como o aeroporto estava completamente destruído tive que prolongar mais cinco dias em San Pedro do Atacama até conseguir voltar a Santiago.
Ao chegar a Santiago, tive a oportunidade de sentir algumas réplicas do terremoto. O terremoto gera uma sensação de medo e adrenalina ao mesmo tempo (pelo menos para mim). Fiquei feliz de ter vivenciado um fenômeno de explosão da natureza e de não ter sofrido nenhum arranhão.
Passado o terremoto fiquei mais alguns meses no Chile até meu intercâmbio chegar ao fim. Ao final do intercâmbio percebi que eu havia amadurecido muito pessoalmente e profissionalmente. A experiência ter encarado o intercâmbio no Chile pelo período de um ano me deu a oportunidade de conviver e de conhecer pessoas que jamais esquecerei. Sou imensamente grato a equipe da AIESEC-FGV por todo auxílio prestado durante meu intercâmbio. Já estou pensando em realizar o meu segundo intercâmbio num futuro próximo.  
Who is next??



quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Índia, um pais fora do mapa - Amanda Meyer da Luz


O que deve falar um pai para o seu filho quando o seu filho apenas lhe informa que vai para a Índia, viver por dois meses e ponto decidido? Foi assim que começou o meu intercambio para  a Índia, na cidade de Jaipur pela AIESEC. Estava decidida a ir e nada iria me fazer mudar de ideia, nem mesmo os meus pais tentando me convencer do contrario e todos os contras. Arrumei minhas malas e parti para Nova Dehli, no dia 4 de julho de 2009, para esse pais tão estranho e diferente, mesmo que tão em voga quanto é estar eser protagonista da novela das 9. Minha primeira surpresa foi não receber a minha mala em Nova Delhi, pois ela foi perdida pela companhia área, sendo que só a recuperei na minha volta à Londres.
No entanto, sem pensar nos pesares, posso confirmar que foi a experiência da minha vida. Conheci as principais cidades desse pais maluco e ainda tive a experiência de participar de um projeto de voluntario pela Aiesec. O projeto consistia em visitar vilas e trabalhadores de minas de sal no interior do estado de Rajastão, um dos mais pobres do pais, junto com uma ONG que cuida dos “direitos” desses trabalhadores. O nosso trabalho e missão era chamar a atenção dos meios de comunicação da cidade e também do governo local a essa parte excluída da população que trabalha com salários mais que insuficientes e nas piores condições que se pode imaginar.
Como escutamos de um americano que conhecemos na Índia: Mas vale apena tanto esforço para mudar tão pouco em um mundo tão grande? Sim. Vale muito a pena. Saber que pelo menos você pode ter impactado a vida de uma Indiana de 12 anos e fazer com que ela pelo menos tente mudar a situação em que ela vive hoje já é mais do que gratificante. Repito que esta foi a experiência da minha vida e já tenho muito vontade de voltar. Tenho amizades que duram até hoje! Hoje em dia estou morando na Cidade do México, também pela AIESEC, e já encontrei dois amigos que também presenciaram essa aventura maravilhosa que foi viajar pela Índia. Uma aventura para lá de recomendada. 




terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fabíola Andrade - Trabalhando na Holanda

Oi, pessoas!

Volto a escrever aqui, agora já com mais de 6 meses de Holanda, com uma percepção maior sobre a cultura e a sociedade holandesa e, mais especificamente, sobre o ambiente corporativo.

Na Springer, a editora onde eu trabalho, por exemplo, eu notei que colegas de trabalho são apenas ‘colegas de trabalho’ mesmo – e não se transformam automaticamente em amigos com o tempo, como frequentemente acontece no Brasil. Pelo menos, esta é a minha impressão e também impressão de alguns trainees internacionais que conheci por aqui. A atmosfera de trabalho costuma ser amigável, sempre tranquila, mas não é comum que as relações de trabalho se transformem em amizade e nem em maiores intimidades. E o clima é quase sempre livre de estresse.

Aliás, outro ponto relevante nessa questão é o respeito que permeia todas as camadas do ambiente corporativo. Aqui não se vê gerente dando esporro em funcionário, pessoas falando alto ao telefone, funcionário arrancando os cabelos porque não conseguiu atingir sua meta, nem nada disso. Nesse ponto, tudo é bem tranquilo. É claro que tem pressão por resultados e há cobranças sim, assim como em qualquer empresa de grande porte em qualquer lugar do mundo. Mas eu sinto que aqui as coisas não descambam pro lado pessoal, fica num nível profissional e sem aquela carga emocional que geralmente causa estresse no trabalho. Trabalho é trabalho. E os holandeses levam isso ao pé da letra. Por exemplo, ninguém perde suas noites de sono e horas livres por causa de pepinos na empresa; mas também ninguém te convida pra uma baladinha no fim-de-semana. Cada um faz a sua parte. E normalmente no final do dia, lá pelas 18h, todos seguem tranquilos para suas casinhas, e de bicicleta! :p

Outra coisa legal que eu percebi no ambiente empresa é que não existe aquela barreira invisível que separa os estagiários dos gerentes, e os gerentes dos diretores, e estes dos vice-presidentes. Todos são tratados dentro da empresa – e, espera-se, tratam os outros também – de forma igual. Não rola aquela coisa de “você sabe com quem está falando?”, porque todos os funcionários normalmente são ouvidos e valorizados da mesma forma. Soa até meio utópico isso, mas na minha experiência até agora tem sido assim.

Um exemplo que acontece direto: um dia estava eu, sentadinha no refeitório Sodexo da empresa, no 10º andar, começando a almoçar – estava sozinha, naquele dia eu almocei muito tarde. Quando me viro, vem o VP da minha divisão e pede licença pra se sentar comigo à mesa, eu, uma mera estagiária. Foi um almoço normal, como qualquer outro, exceto por eu estar “confraternizando” com um VP da empresa. E acontece a mesma coisa com assistentes, estagiários, etc. Todos são tratados de forma igualitária, são ouvidos, e o mais legal: sempre são incluídos nas ocasiões sociais, conversas informais na salinha do café etc., sem preconceito de nível hierárquico.

Eu acho isso muito bacana na cultura corporativa holandesa. Não é só porque uma pessoa ganha mais e tem uma posição mais alta na hierarquia da empresa que ela necessariamente vai se distanciar do resto da equipe. :)

Enfim, estou achando a experiência toda muito rica, trabalhar em outro país, aprender sobre diferentes culturas e expandir os horizontes para além do Brasil está sendo muito legal, em um sentido muito mais amplo do que apenas na parte profissional. Eu recomendo muito. Aos futuros EP’s, GO FOR IT! :)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fabíola Andrade - Holanda - Terra das Águas

Depois de mais de 4 meses de Holanda, hoje sento ao meu computador, com calma, para compartilhar um pouco das minhas impressões sobre este pequeno país.

A Holanda é um país molhado. E isso foi uma das coisas que me chamaram mais a atenção quando cheguei aqui. Canais, córregos, riozinhos em todas as cidades, percorrendo ruas, avenidas, estradas. É praticamente impossível você caminhar por qualquer cidade holandesa por mais de 10 minutos e não encontrar água – sob pontes, ao longe, as cortando ruas. Muita água, por todos os lados. Quase metade do território holandês fica abaixo do nível do mar (Países Baixos é mesmo um nome super apropriado pra esse lugar), então o país só continua existindo por causa dos diques e represas que resistem à força das águas há todos esses séculos.

Ah, e aqui chove, chove muito, uns 170 dias por ano, em todas as estações. No inverno deste ano, especificamente, choveu e também nevou absurdamente. Eu ouvia todos reclamando de que não se tinha noticias de um inverno tão rigoroso em 20 anos. Para mim, particularmente, foi uma espécie de prova de fogo para ver se eu iria aguentar as condições climáticas durante os 6 meses de Holanda, visto que começou a nevar exatamente 1 semana depois que eu cheguei aqui, em 07 de dezembro de 2009, saindo de um verão escaldante no Brasil.

Se para mim foi estranho, imagina-se que, pelo menos para os holandeses, já seria normal ter tanta água caindo dos céus o tempo todo, mas não. Eles reclamam muito do tempo, o (mau) tempo é sempre tema de conversas, em casa, no trabalho, nas ruas, no elevador, no mercado, no ônibus! Mas os holandeses no geral são gente-boa, amigáveis, engraçados às vezes, e a mania nacional de reclamar das coisas (desde o cardápio escolhido para a festa da empresa ate a cor dos cartões-postais) fica até bonitinha, de vez em quando.

O bom é que, via de regra, todos falam inglês por aqui – incluindo caixa de supermercado, motorista de ônibus, etc. Na televisão aberta holandesa passam muitos programas internacionais; por exemplo, eles têm a BBC com audio original, filmes, séries, telejornais em língua inglesa, com legendas em holandês, tudo na TV aberta; eles só dublam pouquíssimas coisas, como por exemplo, programas infantis são. Isso deixa a população em geral acostumada e mais preparada para se comunicar em inglês, em todas as classes sociais. O que foi ótimo para mim, que até agora, aprendi no máximo umas 10 frases em holandês (para quem nunca ouviu essa língua, parece bastante com alemão, com algumas diferenças na pronúncia).

O estagio esta sendo bem interessante, a empresa é super grande e estou aprendendo muito. O meu projeto é inteiro em inglês e a maioria das pessoas no meu departamento fala inglês no dia-a-dia – a empresa é internacional. Com certeza esta vai ser (já esta sendo!) uma experiência muito enriquecedora :)

Depois eu conto mais!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Natália Rosa - e a experiência malaia - parte 2


Voltando para responder algumas perguntas e contar um pouco mais sobre a minha experiência do outro lado do mundo (e com um pedido aos demais intercambistas: Compartilhem suas experiências também):

O trabalho

Eu trabalho em um data centre (um centro de processamento e armazenamento de dados e sistemas terceirizado para diversos tipos de empresas) como Business Analyst. O meu trabalho basicamente é analisar o desempenho mensal da empresa, não só em termos quantitativos, para assim podermos melhorar e crescermos sustentavelmente. Mas os trainees (já sou parte da “terceira geração” e hoje tenho a companhia de uma polonesa e logo mais uma búlgara) também podem ser “emprestados” as outras áreas. Assim, além de trabalhar em parceria com a outra trainee, eu ajudo na área financeira da empresa, o que eu adoro.

Eu, particularmente, considero a empresa pequena, mas para os padrões da AIESEC local, todos dizem que ela é grande (cerca de 100 funcionários X 40, em média, dos outros trainees). E minha empresa é sim muito boa: tem bons processos, se preocupa com os funcionários e é séria. Claro, que como qualquer outra empresa no mundo ela tem problemas, e pequenas soluções, que podem parecer simples, podem realmente fazer uma diferença.

Trabalho (efetivamente, não só passando o tempo no escritório) muito mais do que no Brasil, mas por escolha própria. Eles não me pagam nem um centavo a mais por isso, mas como um dos meus objetivos do intercâmbio é realmente fazer alguma diferença para a empresa, eu não simplesmente me levanto depois de 8 horas de trabalho e volto para casa. Em parte também a um dos meus maiores defeitos, a falta de concentração por um longo período de tempo.

Escolhas

Quando eu entrei para a AIESEC meu foco era de fato vir para a Ásia. Claro que algumas vezes não pude resistir a algumas ofertas em lugares mais típicos, como a Europa Ocidental, mas eu não deixei de lado essa parte do planeta por nenhum momento. E sim, é uma escolha muito difícil. Não tanto quando se está concorrendo a uma vaga, mas quando o processo começa a ficar mais sério, você passa a se perguntar se você realmente consegue lidar. E cá estou eu, quase entrando no meio terceiro mês, e sem me arrepender.

Quanto a ser uma mulher sozinha se aventurando por terras desconhecidas, acho que hoje em dia não há tantos problemas. Apesar de ser um país mulçumano, por exemplo, eu não enfrento nenhum grande dilema quanto a roupas, comportamento ou algum preconceito direto. Claro que todo cuidado é pouco (e um certo respeito pela cultura alheia também), mas vejo que muitas pessoas vêem mulheres assim muito mais como responsáveis ou corajosas, e portanto, tratam-nas com um maior respeito, do que o contrário.

Todas as outras coisas

Bem, sem querer “puxar o saco”, mas eu vejo a AIESEC aí no Brasil muito mais prestativa e responsável do que o meu LC daqui. E sequer posso dizer que são diferenças culturais, pois já conversei com outros LC’s locais e eles têm opiniões e tratamentos diferentes para os seus trainees. Acredito que a minha sorte foi justamente a de conseguir uma acomodação em um condomínio cheio (praticamente metade, se não me engano) de trainees e ex-trainees que ficaram por aqui. Ter uma trainee no trabalho também ajudou bastante. São eles que já passaram por muitas coisas que você também passará e são eles que, sem também terem, viram sua nova “família”.

A vida noturna de KL é algo que eu não esperava ser tão boa. Temos uma rua chamada Changkat (onde, por acaso, fica o meu escritório), onde encontra-se muitos bares e baladas e onde muitos expatriados e turistas costumam freqüentar. É o principal ponto noturno da cidade. Mas há também outras regiões menos badaladas, com mais bares e cafés, mas que não deixam a desejar, e servem de alternativa quando se está cansado de ver, todo fim de semana, as mesmas pessoas.

Antes de terminar, queria vender um pouco mais o país. A Malásia, de um modo geral, me impressionou, positivamente é claro, muito mais do que eu esperava. E vejo muitas (muitas mesmo!) pessoas que vieram passar 6 meses/1 ano e ainda estão por aqui 2 ou 3 anos depois. Recentemente, me tornei a diretora do Global Ambassador Group, uma comunidade de trainees e ex-trainees criada pela AIESEC daqui, mas presidida anualmente por algum trainee. O ex-diretor (Lucas) também é brasileiro, e voltou para casa para terminar a faculdade. O objetivo, além de promover festas e encontros, despedidas e recepções é claro, é auxiliar os trainees que estão chegando ou já estão aqui, com problemas que possam surgir no caminho. Também serve para criar um vinculo maior entre a AIESEC Malásia e os seus trainees espalhados pelo país. Então, se alguém estiver considerando vir para cá, saiba que será muito bem recepcionado(a)!

Eu tento atualizar o meu blog com novos acontecimentos, mas muitas vezes me falta coragem para isso, mas deixo aqui o endereço de qualquer forma. Até mais, futuros EP's!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Natália Rosa - Kuala Lumpur/Malásia


“O que? Malásia? Onde fica isso?”

Essas três perguntinhas eu escutei (e ainda escuto) desde o dia que “casei”, há 3 meses atrás, com a minha vaga: ser uma Business Analyst em um data centre em Kuala Lumpur. Muitas (muitas mesmo!) pessoas questionaram minha sanidade e o propósito de largar tudo (recém-formada, efetivada pós-crise, trabalhando em um grande banco) para me mudar para um país oriental, mulçumano e que sequer faz parte dos “famosinhos” Japão-China-Coréia do Sul para fazer um intercâmbio. E quer saber? Eu ignorei tudo isso e segui em frente!

Estou aqui na Malásia há quase 2 meses e posso dizer que estou adorando a experiência! Tenho a oportunidade de conhecer novas culturas, religiões, comidas e lugares que eu sequer tinha ouvido falar na vida e que me impressionaram muito. Fora conviver com pessoas de países nada típicos para nós brasileiros, como Estônia, Eslováquia, Filipinas, Polônia e claro, Malásia.


Claro que nem tudo são flores, mas a cada novo desafio ou choque cultural que encontro pela frente, aprendo uma nova forma de contorná-los e lidar com situações inusitadas. Seja no trabalho ou nas horas livres, é preciso ter muito jogo de cintura para não machucar/ofender ninguém e também aprender a ouvir/ver coisas que podem parecer bem estranhas ou até ofensivas .


Um pouquinho sobre o país: a Malásia é um país mulçumano e de colonização inglesa. Apesar da religião, o clima por aqui é bem sossegado. Como há outras duas etnias predominantes por aqui (chineses e indianos), vejo diariamente mulheres mulçumanas cobertas do pé a cabeça (algumas só com os olhos descobertos), indianas super coloridas com seus saris e bijuterias e chinesas com roupas que até eu, brasileira (!), me pergunto se não estão exageradamente curtas, tudo isso lado-a-lado. A língua oficial é o bahasa malayu, mas sinceramente, os locais só usam quando não querem ser entendidos pelos estrangeiros ou quando o inglês é MUITO ruim. Aqui todos aprendem inglês desde a pré-escola, o que torna a vida dos estrangeiros por aqui mais fácil. Mas claro que todos os sotaques e adaptações locais, como o uso de “lah” no meio ou final das frases, torna a compreensão não tão clara sempre. Outra língua MUITO falada por aqui é o chinês. A predominância é o cantonês, mas como o mandarim é o “chinês oficial” a maioria também se comunica nesse dialeto.


A temperatura e a comida apimentada são as duas coisas que me incomodam por aqui. Agora, por exemplo, são 00h34 e faz 27 graus. Durante o dia chega a 35 graus antes do meio dia e o clima é bastante úmido. E quanto a comida, pra quem não está acostumada a comer nada apimentado, o começo pode ser bastante difícil. Apesar disso, as pessoas, a facilidade de locomoção, os locais maravilhosos (e desconhecidos) para visitar e o baixo custo de vida e para viajar para outros países do sudeste asiático tornam a Malásia um ótimo lugar para realizar um intercâmbio.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Amanda Luz - Cidade do México - México

Oi Gente!!!

Estou escrevendo para contar um pouco para vocês sobre a minha segunda experiência de intercâmbio pela Aiesec, sendo que a minha primeira foi para Jaipur na India, em julho do ano passado.

Aqui na Cidade do México estou trabalhando em uma empresa de pesquisa de mercado que se chama Segmenta e oferece servicos para diferentes países da América Latina como Argentina,Uruguay,Chile, Peru, Brasil, Venezuela e México, claro.

Estou aqui apena há um mês, mas nesse mês você já consegue reparar como uma experiência dessas vale a pena... a comecar por aprender a espanhol, uma terceira língua, e a vivir uma cidade que é mais caótica do que Sao Paulo! Quer uma experiência maior que essa? hehe

Sem contar como todos os aprendizados em si do seu novo trabalho e acompanhar a nossa cultura que existe em uma ambiente de trabalho em outro país. Aqui no Mexico é muito comum trazer a sua comida e esquentar no trabalho.. entao todos trazem sua bolsinha e esquetam no microondas da empresa. Algo que você vai se acostumando a fazer.. o problema é aprender a cozinhar!!!

Os problemas de uma cidade gigante é o trânsito, obiviamente, e o melhor a se fazer é morar perto do seu trabalho. Eu e a outro brasileira que mora comigo e trabalhamos juntas vamos em um ônibus que se chama pesero e demoramos apenas unas 20 minutos, o que é quase uma bencao, pensando em uma pessoa que trabalhamos juntas que demora mais de três horas...

Outro problema é que os Mexicanos sao piores que motoristas de caminhoes no quesito mexer com mulher na rua... entao vc ouve de tudo!!! hehe

Mas no final das contas o México é um país muito legal e apaixonante para se morar, preservam muito bem a sua cultura e por isso possuem ótimos museus, aqui tem um bairro muito legal parecido com a Vila Madalena que se chama Conseda com bares, e adoram Brasileiros! o que sentimos bastante quando vamos viajar..

Recomendo muito vir para o México para quem está cogitando esta ideia... e se precisarem de ajuda, estarei aqui para dar umas dicas sobre o país!

Um beijo e boa sorte a todos!!

Natan Cerqueira, Abidjan (Costa do Marfim) - Aventura para uma vida toda!!

Hey AIESEC!! Agora vocês: What's up! (infame, hehe)

Garotada que quer fazer intercâmbio pela AIESEC, recomendo que façam!

O meu intercâmbio, como dito no título, foi para a cidade de Abidjan, maior e mais importante cidade da Costa do Marfim. Fiz um MT (Management Traineeship), que é o intercâmbio de gestão da AIESEC.

Eu trabalhei numa empresa chamada AFCO Sarl, que faz uma espécie de serviço postal (como os correios do governo são muito precários, as empresas privadas atendem a essa demanda). Lá, tive de aprender a me virar com recursos quase zero. Apesar da dificuldade, devo dizer que foi um verdadeiro exercício de oratória convencer o chefe a mandar imprimir cartões de visita, convecê-lo da necessidade de um portfolio de vendas e de me prover acesso à internet(!). Podem parecer obviedades para nós, mas acreditem: é muito difícil convencer alguém do óbvio! No fim das contas, conseguimos os cartões e desenvolvi o portfolio de vendas.

Além disso, como parte do nosso plano de comunicação externa, desenvolvemos o letreiro da empresa para pôr na entrada do prédio e calendários da AFCO para dar para outras empresas. Foi interessante estagiar em uma empresa tão primitiva, pois sou um aluno que sequer completou metade do curso de administração ainda, dessa forma, pude botar em prática realmente as bases do que aprendi nas disciplinas de marketing.

No mais, pude aprender muito de uma cultura muito diferente da nossa. Já fiz intercâmbios na Argentina, nos EUA e no Canadá. Apesar de haver diferenças entre esses países e o Brasil, ainda estamos todos no mundo ocidental. A Costa do Marfim, por outro lado, não tem NADA de ocidental. Os próprios pilares que servem de alicerces à cultura marfinense são diferentes dos nossos. Lidar com pessoas dessa cultura foi um verdadeiro desafio e um grande aprendizado.

Para finalizar sobre minha experiência, devo dizer que nunca comi comida tão doida! Vocês já comeram rato do mato (agoutie)? Eu já! Já quase engasgaram com a bolinha de chumbo que caçou o bicho? Eu já!

Não dá para contar tudo que eu vivi nesse post. Foi muita coisa! Quem estiver interessado em saber mais, sinta-se à vontade para visitar meu blog! Lá registrei quase toda a minha viagem em 27 relatos diferentes.

Em suma, gente: esqueçam estágio e não se preocupem em atrasar sua formação, façam intercâmbio! Experiência enriquecedora e muito recompensadora!

Abraços a todos e fiquem com Deus!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Blog no Ar!


Nosso blog está no ar! Faremos o possível para que o blog esteja sempre atualizado com experiências nos mais diversos destinos. A idéia é criar um espaço para que nossos intercambistas possam compartilhar com todos suas vivências no intercâmbio promovido pela AIESEC GV. Aos intercambistas, agradecemos a participação e fiquem à vontade para postar o quanto quiserem. Aos membros da AIESEC, esperamos que participem visitando e comentando!